sexta-feira, 13 de março de 2009

Uma Boa Acção

O episódio que se passou comigo e com a minha amiga Dina, até poderia ter-se passado hoje, sexta-feira treze, se o senhor de quem vou falar, não tivesse a sorte de nos encontrar naqule momento.
Estava uma quarta – feira primaveril, a tarde quente e soalheira convidava a um passeio longo e tranquilo pela cidade. Animadas pelo programinha da tarde, saímos de casa, despreocupadas da vida e com vontade de “cuscar” as novidades. Perto da urbanização, o trânsito está caótico, a rua principal tem estado inacessível por causa das obras, e para arranjar estacionamento é preciso muita paciência, ou quem não a tiver, está sujeito a ser surpreendido por uma mossazita no carro. Tínhamos acabado de descer as escadas e estávamos animadas pela conversa, quando de repente, de uma carrinha branca, ouviu-se uma voz pouco timbrada a pedir qualquer coisa. A Dina, que ia na frente, ouviu, mas por se tratar de um estranho não se aproximou. Eu olhei, e vi o senhor, dentro da carrinha com um cartão na mão e a fazer sinal. Pensando que queria uma informação, aproximei-me e disse:” sim, precisa de alguma coisa?”, e o senhor mostrando-me o cartão, que o identificava como deficiente motor, disse: “ A menina não se importa de me tirar a cadeira de rodas, que está atrás na mala da carrinha?” Eu acenei afirmativamente. A Dina, que entretanto se aproximou, ajudou-me a tirar a cadeira de rodas, e fomos leva-la para junto do senhor. Perguntamos se precisava de mais alguma coisa, mas o senhor disse que não, que estava bem assim e agradeceu-nos gentilmente, desejando-nos a continuação de um bom dia. Assim que o deixamos, comentamos a situação, satisfeitas por termos ajudado o senhor e por não o termos negligenciado. Afinal, como dissemos:” já fizemos a boa acção do dia!” E lá continuamos o nosso passeio, ficando ainda a pensar, que se não fôssemos nós, o senhor iria certamente estar à espera que aparecesse alguém para o ajudar.
Em dia de azar, pode-se dizer que temos sorte em podermos andar, correr, fazer todo o tipo de traquinices à vontade, aproveitar o dia como quisermos sem estarmos dependentes da boa vontade das pessoas para nos ajudar.
Influência ou não, o dia correu-nos bem. Parece que praticar a boa acção é como o Actimel “ uma por dia, não sabe o bem que lhe fazia”. Eu já experimentei, e você?

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